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quarta-feira, 13 de julho de 2011

para falar com Deus



Confio em voz senhor
Para que seja meu amparo.
Envia até mim, pequeno grão de areia,
Perante a criação,
Teus anjos,
Teus espíritos de luz
Para que me auxiliem nas provações
Que devo passar.
Confio senhor
Que tu me amas
Como amas a todos teus filhos.
Confio que todas as provações a que devo passar
Apenas contribuem para minha evolução
Para meu crescimento pessoal,
Como homem e como espírito.
Neste momento de angustia e aflição senhor
Conto eu com o auxilio de teus enviados
Que me inspiram coragem para prosseguir nessa jornada.
Seja voz senhor, o luzeiro que ilumina o caminho estreito
E pedregoso que devo passar.
Não permita que me perca nas veredas da vida.
Agradeço senhor, a ajuda que recebo
De teus anjos, dos teus santos e teus guias iluminados senhor.
Senhor,muito obrigado pela vida bela que me concedeste.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dias de um passado presente

                   
                            

                     Dias de um passado presente


Em um tempo não distante
Em algum lugar do passado
Sinto em minha alma
Você já ter amado

Por instantes, fecho os olhos
Então você eu revejo
Imagens do passado
Que hoje, em minha vida, eu desejo

Infortúnia força da vida
Que de ti, me fez apartar
Deixando-me angustiado
Nesta ânsia de te amar

Alivio vem com o anoitecer
Quando me chega o sonhar
Não posso racionalizar
Mas sonhando
Posso te reencontrar

Mistérios ainda insondáveis
Que me fazem pensar
Quando no sonho vens me encontrar
E quando sonhando
Mostra-me como te localizar

Ainda não a encontrei
Nem sei se possível será
Mas se puder apenas te rever
Minha saudade aplacara

A sinto viva dentro de mim
No profundo do meu ser
O que só aumenta minha angustia
E a vontade incontrolável
De mais uma vez te ver

Dias de um passado tão presente
Que em outra vida se passou
Passado que o tempo passa varrendo
Mas que tua lembrança não apagou

Quero, e como eu quero
Você de novo reencontrar
Aplacar esta saudade
Que teima em me machucar

Cultivo dentro de mim
A paixão pelo luar
Por saber que onde tu estejas
Ela esta também a te iluminar
Com seus raios cor de prata
Teu corpo a banhar

Ainda lembro-me do teu sorriso
Tinha o poder de me iluminar
Pele suave e sedosa
Era gostoso te acariciar

Que doce fantasia
Minha alma acalenta
Ao menos nos meus sonhos
Este amor se reinventa

E este peito que queima
Quando vem o despertar
Pois resta a saudade
E a doce lembrança
De a noite, eu posso te amar


domingo, 3 de julho de 2011

Obrigado Patrão velho

                                                                       



Patrão velho, buenas.
    Nesta hora que canta o galo,te bendigo,louvado para sempre tu  sejas.
Escuta esta velho gaudério ,peão velho da lida e da doma,e do arado cansado.quero te dizer umas palavrinhas.
Tu  bem sabes  velho Patrão,já se passaram tantos invernos,desde que me colocaste neste pampa amado,terra que muito amo,que eu velho peão xucro,da lida já cansado,não tenho lembrança,,de um dia ter te dito.obrigado.
Obrigado Patrão velho, obrigado pelo nascer do sol,que me aponta e ilumina o caminho que devo seguir durante o dia e sua claridade que ilumina a labuta deste peão,o calor que me aquece o corpo em dias de frio, por tudo isso;obrigado Patrão velho.
   Em meio a tantas lembranças, nesta hora da madrugada, algumas, alegres outras tristes, venho ter contigo Patrão velho, te dizer que tive uma boa vida e te agradecer por isso. Nunca faltou a labuta e o pão na minha mesa, sempre domei um ou outro cavalo ou mesmo peguei coice dum arado nove, lembro ainda, Patrão velho, da minha mulher, a prenda primeira do meu coração, que cedo levaste para junto de ti.
   Hoje velho e cansado vivo solito  no mais nesta nessa casinha de pau a pique, sinto neste lombo arcado e alquebrado, o peso da idade, meu andar é lento e tremulo, resta apenas as lembranças de piá.Muito da vida eu aproveitei, fui guri como tantos outros, muito já galopei por estes pagos, Já tanto andei no lombo  do meu velho baio, que muito eu já vi da tua grande estância terrena, este grande pampa em que muito eu trabalhei e vivi.
   Quanta melancia já roubei das lavouras alheias, banhos de rio que muito lavaram e refrescaram  meu corpo,lembrança das águas fresquinhas,bebidas com gosto nos olhos d água,que mataram minha sede, tuas matas verdejantes cheias dos bichos que criaste,as flores que enfeitam nossos campos, os frutos que matam nossa fome,mesmo quando disputava os frutos de ariticum com os bugios era festa no mato.É Patrão velho,quanta lembrança.
   Sempre andei por estes campos do meu pampa amado, ora verdejantes no verão, ora brancos de geada no inverno, muito dormi ao relento, tendo o céu estrelado em noite enluarada por coberta nas tuas noites quentes de verão, sempre tive a alegria de ver o sol despontando lá no nascente, colorindo as nuvens,deixando mui belo o amanhecer. Nada Patrão velho, é igual ou mais bonito , e assim, com a tua benção e tua proteção, tornei-me homem.
   Patrão velho, breve vejo a hora de partir, não deixo herdeiros,não tive filhos, fiz por meus filhos, cada um que ensinei  a montar, a domar cavalo xucro, mesmo aqueles que aprenderam a lidar no campo comigo, cada um deles é um pouco meu filho do coração,hoje mesmo, vivo neste pedacinho de chão,pertencente a um destes guris, antes da minha partida, abençoa Patrão, a todo moleque ,que hoje já tornou-se homem, que aprendeu a lidar e a trabalhar o campo comigo, levo a certeza de ter ensinado,desde a lide ao respeito pelas tuas coisas velho Patrão.
   Quando partir, vou levar desta terra, a saudade do meu pago, o canto do sabiá, do tico-tico, do quero-quero, do construtor, o João de barro.
   Patrão velho, breve nos veremos, mas eu desejo desde agora te agradecer por tudo que me deste,sou pobre de bens materiais, mas tenho a riqueza da vida, vida que tu me deste, as boas lembranças que irão me acompanhar, a saudade deste pago que levo no peito.Obrigado Patrão velho, por todas as belezas que estes meus olhos cansados já viram.
   Permita Patrão velho, que na hora da minha partida, eu possa ir viver La no ranchinho da eternidade, na grande estância celeste, e se não for te pedir demais meu velho Pai, permita que a minha prenda, a mulher primeira e única deste peão,esteja lá me esperando,com o chimarrão verde e amargo, quanta saudade de minha linda prenda.por hoje Patrão velho, meu velho pai,meu muito obrigado, pela vida deste  velho peão.