Sou pássaro sem ninho
De asas envergadas
Sem destino
Alço voo sozinho
Sou o verso do poeta
Sem pena e sem tinta
Folha amassada
Estrofe sem rima
Sou alma que vaga o mundo
Preso aos meus grilhões
Despido de meus pecados
De mãos dadas as minhas paixões
Ah soubesses tu curupira
Que a paixão maltrata.
Um poeta sem seu norte
Tem a escrita com lagrimas
Tinta manchada
E terra molhada
Tem morte em mata fechada
Sou leão domesticado
Outrora fera
Agora domado
Toma tu aqui ó leoa
Te entrego meu coração
Te entrego meu corpo e alma
Te entrego minha razão
Sou fera domada
Pássaro sem asa
Sem você, leoa
Sou folha em branco
Sem canção rabiscada
Veja bem curupira
Os grilhões me aferroam
Doem- me na alma
A ausência dela
A leoa de mim
A saudade desta alma tão bela
Me aprisionam
Me fazem cela
Ide liberta
Alma leoa
Ide aos jardins idilicos do Éden
Volta pólem de flor
Renova- me em ti
Amor
Delonir pereira cavalheiro