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sexta-feira, 2 de julho de 2010

EU,A MORTE















o mundo gira
o mundo da muitas voltas
e no mundo relato de guerras
no meu mundo é consumada
fecho os olhos e imagino
rajadas de balas,explosões
um céu negro carregado
nem se ouvem os tovões
nem se percebe a chuva
que por terra cai
e escondido entricheirado
um soldado,mais um homem que se vai
então minha visão muda
vou para uma grande metrópole
e o ser dito humanizado
olha para si,seu umbigo
sem solidariedade,
vulgo civilizado.
num canto da cidade
jovens drogados
viajando em sua propia loucura
fugindo de uma existencia vazia
vivendo apenas pela fissura
e ali no beco
mais um caido
vitima de overdose
partiu em apenas um gemido.
meus braços pesam
nunca tive férias
parando em outra visão
a luta é mais séria
traficantes no alto do morro
despejam no mundo seu veneno
tirando do mundo a inocência
obrigando-me a elevar a foice
ceifando vidas em um momento
mas ai de ti traficante
pois a foice também te serve
quando chegam as viaturas
coibindo o disparate
teu negócio não perdura
nesta outra guerra travada
caem vitimas de ambos os lados
mais corpos na estrada
e a foice fica mais pesada
nos braços da ceifadora
a morte alada.
minha atenção se desvia
outra paisagem
outro lugar
num transito caotico
outra vida para ceifar
ja recebi muitos nome
mas um é degradante,
impiedosa
como se eu fosse a culpada
por vossa vida desastrosa
sois vóz quem se prende aos laços
que desafiam a vida
e vinde parar em meus cansados braços.
subito,sinal fechado
e eu num cruzamento
fitando o infinito
divagando
em alta velocidade passa um carro
causa mais um acidente
e em meus braços
mais uma vitima inocente.
olho rancorosa o carrasco
que vinha motorizado
embriagado
longe esta do meu alcance
mas o marco para o que vem depois de mim.
nos breves intervalos
fico imaginando
pobres almas em casa
o ente querido esperando.
almas marcadas,sofridas
amargam uma longa saudade
de outra alma do mundo sumida.
talvez um dia eu descanse
mas não enquanto o homem
fabricar armas de guerra
manchando de sangue
esta terra
e o mundo gira
o mundo não para de girar
enquanto ouver uma guerra
eu la estarei para ceifar.
quem sou eu?
meu nome não capitulo
mas meu nome de luta
da ao mundo arrepios e medo.
Muito prazer, eu sou a guia final,
Eu sou a morte.

3 comentários:

Infeto disse...

Belissimo meu caro, ela realmente está aqui e aculá em todo e qualquer lugar, assim como neste singelo título. ABraços.

http://poesiafotocritica.blogspot.com

Nélsinês disse...

Muito interessante a abordagem. Viajaste por vários recantos da existência humana. Gostei.
Nélsinês
http://lemeselumes.blogspot.com

Eugenia Pura e Simplesmente disse...

Essa é uma triste realidade, que desejo de todo coração que mude algum dia, parabéns.

Um forte abraço