Mude
Do que vale viver a vida com lamentações,
Com inexpressibilidade
Sem ações
Do que adianta viver uma vida de vaidades
Do que adianta toda esta carência
Querer ser ausência
E morrer sem deixar sua essência?
Do que adianta dar cabo da sua existência
Por causa de algumas amargas experiências
Banir da sua mente a consciência
E tirar sua vida por mera displicência?
A vida não é fácil, eu sei
Eu também já sofri, já chorei
Mas, em nenhum momento eu pensei
Que morto eu resolveria tudo
Até porque eu deixaria triste
Pessoas neste mundo
Pois, quando se existe
Sua existência marca profundo
Aqueles que gostam de você
Então, diga-me pra quê
Toda esta sua pressa em morrer
Pra que toda esta tristeza de viver
Há muito o que se pode mudar
Há muito que se pode fazer
Não precisa ser aonde você está
Você pode ir para outro lugar
Certamente lá você irá encontrar
Alguém que queira te amar
Fernando Martinho
25-09-2017
Revele seu talento
As majestosas palavras do seu pensamento
Passe-as para o papel
Pinte-as na cor azul do céu
Deixe florescer a sua criatividade
Desligue-se de toda negatividade
Ponha-se em um transe
E se permita escrever
Use e abuse da sua imaginação
Deixe brotar as palavras silenciosas do teu coração
Ouça uma música lenta
E exponha palavras intensas
A vida é se expressar
É usar do seu dom
Para se libertar
Pinte mais um tom
Qualquer cor é válida para se expressar
Liberte-se do comodismo
Saia já deste murmurinho
Faça-se presente
Liberte da sua mente
Todas as palavras presas
E mantenha-as acesas
Fernando Martinho
O tempo passou para mim
Acho que estou velho
Tantas coisas já vi e vivi
Acho que já não preciso mais viver
Apesar de que a vida ainda tem muito a me mostrar
Mas, estou cansado destas batalhas
Meu corpo já não tem a mesma vitalidade de antes
O fardo pesou sobre as minhas costas
Minhas vistas estão enfraquecidas
Vejo tudo embaçado
Minhas pernas estão trêmulas
Os anos que vivi me fragilizaram
Sou presa fácil neste mundo de lobos
Estou velho demais para fugir
E fraco demais para lutar
Nem dentes tenho mais
Os que tenho não me pertencem
Minhas unhas se debotaram
Minha pele murchou
Feito folha seca de uma árvore
Meu fim está próximo
Só me resta uma coisa a fazer...
Perdoar a quem ofendi
E amar a quem deixei de amar...
Fernando Martinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário