Amor pelo Rio grande
Estava eu
Perdido no mundo
Sem eira nem Beira
Teatino vagante
Andava sem rumo
Então um dia escutei
Uma bela toada
Era o hino Rio Grandense
Por aqui, me aquerenciei
Conheci todos esses campos
No lombo de bons cavalos
Andei Serras, Campinas e estradas
Ora de repente, ora na culatra
Fazia pouso a Beira das matas
Terra Buena e hospitaleira
Nunca fiquei sem boa changa
Um amargo, forte e bem quente
Passando de mão em mão
Sempre era oferecido
Pelo hospitaleiro patrão
Quanto a changa...
Bom, do trabalho nunca corri
Comecei cedo na lida
Inda um guri
Desde a capina na lavoura
As obras da cidade
Sempre cumpri minha sina
Andei por muitas estradas
Ora de chão batido
Ora asfaltadas
Dormi sobre coberta de estrelas
Manto negro, de prata pontilhado
Um luar que iluminava
O peão no mato deitado
Ah!!! Querência amada
Rio Grande dos cantadores
Do quero-quero, do João de barro
E do sabiá
Por ti meu Rio Grande
Declaro meus amores
Terra do Sepé tiaruju
Do povo tupi Guarani
Terra dos sete povos
Terra do churrasco e chimarrão
Terra onde nasci
DELONIR CAVALHEIRO
Canoas /RS
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