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domingo, 13 de setembro de 2009

POETA XUCRO


O cantador do Rio Grande
O poeta das estradas
Carrega papel, e caneta azulada
Fazendo poesia, ele aprende

Aprende a trovar no repente
Compor canções altaneiras
Encanta xinocas faceiras
Com poesias tiradas da mente

Trabalha na lida do campo
Leva vida de peão
Da labuta tira o sustento
É xiru deste chão

Ora índio xucro e arredio
Cerrega ao lado do laço
Rebenque de couro cru
Este pampeano xirú

Nas rimas que ele cria
Enaltece o Rio Grande
Tem orgulho da herança farrapa
Anda de pilcha alinhada
Esta cria mui guapa

Criado pelas macegas
Neste Rio Grande gaudério
De Tupã ganhou o mundo
O neto do velho Antério

Canto Rio Grande amado
Estrela brilhante
Na bandeira brasileira
Terra do sepé tiaraju
Filho da terra missioneira

Anda de cara amarrada
Não mostra os dentes a qualquer um
Não tira o chapéu pra ricasso
Quebra o chapéu na testa
Aperta o barbicacho

As noites á beira do fogo
Ceva o amargo bem quente
Símbolo da nossa terra
O chimarrão é da nossa gente

Passado de mão em mão
É nosso apresso á tradição
Confirma nossa amizade
Servindo o mate quente
Ouvindo esse poeta alcaide

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