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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Mar sem porto

Houve uma vez
Um mar sereno
Calmo e tranquilo
Águas límpidas
Ondas alvinhas
Em um dia bonito

Houve uma vez
Um temporal medonho
Ondas revoltas
O vento, furacão
Raios cortavam o céu negro
O ruído do mar
Abafado pelo trovão

Ah,e o mar sereno
Dia e noite chorou
Mar sem porto
Sem vista
Sem gosto

Mas a noite
Dá lugar ao sol
Dá lugar ao dia
E o mar de novo serena
Ainda sem porto
Dia a dia sendo refeito
O mar serena
No porto

O temporal passou
Deixou marcas que jamais
Se apagarão
Vai-se as marés
Voltam a morrer na areia
Apagando as pegadas
Da alma sereia
Misturando as lágrimas da
Menina serena
Serena no porto
Porto da areia

Voltará a brilhar o teu dia
Meu mar sem porto
De água serena
Que morre na areia
Lava a alma da minha morena

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