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terça-feira, 30 de agosto de 2011

o espirito fênix-parte 2





Das chamas

Então
completamente sem esperança
ele deixou-se quedar
alquebrado
sentindo-se vencido
sai no mundo sem rumo a vagar.

No olhar triste e sofrido
as marcas de desesperança
o desejo de ser esquecido
o desejo de não ter lembrança.

Enterra no monte das dores
sua doce vida
sua ilusão
seus sonhos
cremara no fel da solidão.

Quisera ser a ave legendaria
arder no fogo do esquecimento
a sua dor incendiaria
renascer
imponente e majestoso
como a fênix, nas cinzas do tempo.

Rolam por sua face
lagrimas sofridas
nascidas de seus olhos
o estuário das lagrimas.

Lagrimas bordejantes
que rolam ate o chão
lagrimas abundantes
que lavam a alma
depois serenadas
ajudam a trazer a calma.

Então depois de tanto chorar
ele finalmente quietou-se
e no torvelinho de suas emoções
sentou-se
refletia sobre seus dias de andante
sem destino
um errante.

Cai mais uma vez, a noite em seu caminho
trazendo fria aragem noturna
faz-se ouvir ao seu redor
uma sinfonia noturna
cansado que esta da jornada
embalado pelos sons da noite
levemente suas pálpebras são fechadas.

Tem ele o sono pesado
sem paz e sem sossego
um sono cheio de pesadelos
que o faz despertar, ainda cansado.

Contempla o infinito
tenta em vão o sono conciliar
sua mente a divagar
passeando por devaneios
ilusões de mente febril
uma forma de sua vida matar.

Espanta ele o pensamento com as mãos
profere um impropério
logo ele que nunca fora um covarde
e sabe que a morte é apenas ilusão.

Levanta-se ainda cansado
novamente põe-se a andar
é noite escura ainda
quisera o tempo
poder fazer parar
quisera do mundo desembarcar
baixa a cabeça
e retoma o andar.

Muito tempo no mundo perambulou
fizera pequenos trabalhos
até mesmo esmolou
andou entre os pedintes
entregou-se ao frenesi mundano
dos pobres e desvalidos.

Então eleva-se
acima deste mundo profano
acima de toda sua dor
redescobre de súbito
seu próprio amor.

Outra noite que se vai
sua mente a gora renovada
já pode com clareza
novamente racionalizar
como um véu que se descortina
sua vida ele vai agora confrontar.

Pusera ele
sua vida na balança
procurara em vão
a suprema medida
que fizesse a balança
para seu lado pender
esperando motivos
para de nada se arrepender.

Então a verdade o atinge como um raio
dá-se na mente o relâmpago
ecoa em seu ser o trovão
dobra então o seu servis
antes de atingir o chão.

A verdade doí no seu amago
atinge profundamente seu ser
mas ela liberta
a verdade solta os grilhões do seu ego
o liberta de seu orgulho
e ele se pergunta
por quanto tempo estivera cego?

Levanta-se do estado prosternado
põe-se tropego a andar
uma voz insistente em sua cabeça
renasça espirito fênix
renasça para a vida homem
apague o pretérito do seu ser
reascenda a luz divina em você
readquira alegria de viver
então ele estaca o passo
reflete sobre tais pensamentos
retorna pelo mesmo caminho
fazendo em si
muitos melhoramentos.

Conhecendo agora o caminho
outrora percorrido
livra-se dos buracos do orgulho
transpõe os montes da vaidade
já não existe mais o homem sofrido
tem agora a experiencia da vida
e onde antes errara
agora faz o acerto.

Já não mais sozinho
vem a passo renovado
desfazer-se de muitos erros
das pressuposições erradas
deixando no seu caminho
seus gigantescos defeitos
renovando-se a cada passo percorrido
é agora novo homem
na chama das dores refeito.

Por certo é ele
o espirito fênix
que renasceu nas chamas de seus defeitos
reergueu-se das cinzas da dor
agora renovado
este espirito foi refeito.

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