Som e fúria
Retumbam no silencio da noite
despertando dos sonhos
perversos e inocentes sonhadores
com o som de suas asas atemorizantes
saídas de um pesadelo.
Esta quebrada assim o sonhar
Paisagens negras
sombrias paragens
mãos disformes que agarram
nauseabundos seres envolvem
em seus mares de pesadelos sem fim
Desespero
por fim domina fraca carne.
Rende-se ao plácido silencio temeroso
bebe do infecto néctar do medo
sem jamais despertar
do eterno pesadelo
enquanto breve dura o sonhar
Uma noite de sonho apenas
sente-se o som de bater das asas
de som e fúria
de angustia e lençóis revoltosos
travesseiro suado
embebido no néctar azedo da dor.
Chega a aurora de um novo dia
Dissipando o breu noturno
Trazendo consigo o despertar
De perversos e inocentes sonhadores
De pesadelos apagados
Até um novo sonhar
Que se quebre assim a monotonia do sonhar
Enquanto pesadelos tomam de assalto
Aquele que aventura no sonhar
E assim
Quebrada esta o sonhar
Fissurada, arranhada
Brechas de escape
De monstruosos pesadelos
De bater de asas
De som e fúria
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